Raio-x do TikTok: do “app das dancinhas” a 1 bilhão de usuários ativos por mês

Depois de explodir na Ásia, o TikTok começou a conquistar o Ocidente em passos largos em 2019. No fim daquele mesmo ano, a novidade já ganhava força no Brasil e sua popularidade se intensificou ainda mais em 2020: o início do isolamento social mudou comportamentos e preferências do público. Os vídeos curtos e divertidos da rede social geraram uma forma de entretenimento capaz de “desligar a cabeça” da insegurança causada pela crise sanitária, econômica e social do Brasil: de acordo com a Opinion Box, 77% dos usuários afirmaram ter começado a usar a rede durante a pandemia.

Dois anos depois, nosso país é o segundo principal mercado do app, atrás somente da China. A nível mundial, o TikTok é a rede social que mais cresce, com 1 bilhão de usuários ativos por mês.

Sua popularidade, por si só, já traz grande valor ao app como um canal importante para uma estratégia de comunicação. As particularidades da rede social e, principalmente, os dados que mostram que ela vai muito além das dancinhas fazem com que seja ainda mais relevante no cenário atual.

TikTok = app da geração Z?

Hoje, o TikTok é, de fato, a rede social mais popular entre os mais jovens: a maior parte do público no Brasil tem entre 16 e 24 anos. Porém, é errado dizer que é um canal que não tem força em outras faixas etárias: 44% dos usuários no nosso país têm mais de 30 anos.

Além disso, hashtags relacionadas a assuntos de interesse de millennials, e até de gerações anteriores, mostram a força do canal para esse público. Algumas das mais populares nos últimos meses são:

  • #empreendedorismo – 1,3 bilhão de visualizações
  • #empresa – 323 milhões de visualizações
  • #empreender – 420 milhões de visualizações
  • #pequenosnegocios – 194 milhões de visualizações
  • #negocioonline – 82 milhões de visualizações

Mina de ouro para anunciantes

Um estudo encomendado pelo TikTok Brasil e conduzido pela Nielsen mostra que o público do TikTok está muito aberto a anúncios:

  • 76% dos entrevistados dizem não se incomodar com conteúdo de marca,
  • 72% querem aprender mais sobre o produto ou a marca ao ver um anúncio
  • e outros 72% estão dispostos a participar de tendências criadas pelas marcas.

Ótima oportunidade, não é mesmo?

Porém, mesmo com os números otimistas, as marcas precisam prezar pela qualidade do conteúdo e da história contada: de acordo com o mesmo estudo, 67% do público acha importante que o anúncio seja divertido e 73% acha que a presença de marca na rede social precisa ser diferente de outros canais. Ou seja, há espaço para se falar de produtos ou serviços, mas o conteúdo deve ser autêntico e ter o viés de entretenimento característico da plataforma.

Se você ainda não se convenceu do valor do TikTok como espaço para marcas, trouxemos mais um dado importante da mesma pesquisa: um terço dos entrevistados afirmou ter comprado algum produto ou serviço somente pela influência de um anúncio na rede social.

Rede de influência

A influência do TikTok vai além de uma simples rede social e a indústria da música é uma ótima maneira de entender como essa influência funciona.

Os dados de uma pesquisa da Winnin mostram que as músicas que bombam no TikTok não geram apenas as trends de dancinhas, mas também influenciam nos números dos apps de streaming. Funciona como uma jornada:

  1. Uma música começa a bombar no TikTok por causa de um dos tipos de vídeos já conhecidos da rede – seja com uma coreografia, point of view, dublagem, covers ou challenges.
  2. Seguindo o mesmo tipo de vídeo, mais pessoas passam a usar aquela música.
  3. O aumento do alcance dela dentro da rede estimula a curiosidade do público, aumentando também as buscas por ela nos apps de streaming.
  4. Essas buscas, por sua vez, fazem com que a música comece a ter mais visibilidade também nesses apps.
  5. O que começou como uma música popular no TikTok, agora viraliza em diferentes canais!

Essa mesma jornada também pode ser observada no mercado de livros: os BookToks, reviews de livros no TikTok, mudaram os ponteiros de vendas de alguns títulos infantojuvenis. Mentirosos (2014), de E. Lockhart; Um de nós está mentindo (2017), de Karen McManus; Corte de espinhos e rosas (2018), de Sarah J. Maas, e Vermelho, branco e sangue azul (2019), de Casey McQuiston aumentaram em 42% as vendas da categoria após crescimento de BookToks.

Ou seja, o que viraliza nessa rede social tem forte poder de permanecer nos pensamentos – e nos desejos – do consumidor muito tempo depois de fechar o app.

E nas redes sociais?

Para além dos dados públicos de pesquisas, capturamos mais de 130 mil menções sobre o app entre janeiro de 2021 e janeiro de 2022 para entender quem está falando sobre a rede social e onde essa conversa está acontecendo. Alguns inputs:

  • Mulheres apareceram mais nas menções, representando quase 58% das publicações:/

Gráfico mostrando representatividade de gênero no Tiktok: 42% homens e 57% mulheres

  • Em termos de regiões brasileiras, as menções foram bem distribuídas, com destaque, em ordem crescente, para o Nordeste, o Sudeste e o Sul:

Mapa do Brasil mostrando as regiões onde mais se fala sobre TikTok. Sul e Sudeste em primeiro lugar.

  • Fora do TikTok, a conversa sobre a rede social acontece principalmente no Twitter:

Gráfico mostrando as redes sociais onde mais se fala sobre TikTok. Twitter está na frente com 79%, seguido pelo Youtube e pelo Facebook com 10% e Instagram com quase 1%.

  • Principais palavras que aparecem junto à menção “TikTok”:

Mapa de palavras que mais aparecem junto ao termo “tiktok”. “Baixe”/ “ganhe” e “tiktok são as campeãs

Viu a importância da rede social, mas não sabe por onde começar? Vamos conversar! 😉

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