Influência no currículo – Tendência que promete

Para além do conhecimento técnico que a área de atuação demanda, as soft skills são importantes para formar e diferenciar bons profissionais. Empatia, capacidade de trabalhar em equipe e simpatia são algumas delas. Nos últimos dois anos, porém, começamos a ouvir falar de uma nova (e polêmica!) skill: o poder de influência do colaborador. Ou seja, sua capacidade de reforçar as mensagens institucionais nas redes sociais e de mostrar expertise no online no que diz respeito ao tema com o qual trabalha. Isso é mais importante ainda, é claro, quando pensamos nos líderes, mas essa tendência tende a crescer não só para os cargos mais altos.

A “influência no currículo” é uma das maiores tendências do universo da influência para 2023, segundo a YouPix. Mas isso quer dizer que todo profissional por aí tem que sair fazendo dancinha? Calma, não! Vem com a gente entender algumas das várias possibilidades, seja para profissionais ou para marcas.

Como posso entrar nessa onda?

Primeiro vamos às definições: aqui estamos falando de influência no sentido mais amplo da palavra, não estamos restritos à ideia convencional de influenciador. Ou seja, o que vale é produzir conteúdo que te posicione, a médio e longo prazo, como uma referência na sua área de atuação. Ninguém precisa se estressar com algoritmo ou números, o que vale mais é o poder da criatividade e a capacidade de marcar presença.

Alguns pontos a serem observados antes de começar:

  1. Entenda seu nicho: para quem estou produzindo conteúdo? Qual meu público? Essa definição é fundamental para que você possa entender a abordagem e o tom dos seus textos.
  2. Descubra o meio mais relevante: depois de entender o nicho, é importante refletir sobre o canal principal para a sua audiência. É claro que, quando pensamos no ecossistema corporativo, LinkedIn é a primeira rede social que vem à mente. Mas existem outras possibilidades e dá para se posicionar profissionalmente em outros meios, como Instagram ou até mesmo TikTok.  Tudo depende do público e da natureza do negócio.
  3. Entenda o manual de uso de redes sociais da empresa: se você for um colaborador ou prestador de serviços, é fundamental verificar se a companhia para a qual trabalha já possui um manual de redes sociais. Assim, você garante que o seu conteúdo não fere alguma política interna e evita problemas para você e para a empresa.
  4. Experimente: é tentando (e errando muitas vezes!) que faz a gente ganhar frequência e relevância. Então bora produzir conteúdo!

E as marcas?

A tendência da influência no currículo pode ser aproveitada pelos funcionários no geral e lideranças, mas abre uma oportunidade ainda maior para marcas. Já pensou em ter um time de porta-vozes bem grande e alinhado com o seu propósito, que produz conteúdo legítimo que vem de dentro? Algo que vale ouro, não? É esse o poder dos embaixadores internos.

Segundo levantamento da YouPix, empresas que têm líderes ativos nas redes sociais melhoram sua percepção de marca em 23% e conteúdos postados por funcionários no geral têm 561% mais alcance do que os que são publicados pelos perfis corporativos. Os dados apontam para a força do colaborador como criador de conteúdo, e aproveitar isso tanto com embaixadores internos quanto com campanhas de engajamento de colaboradores pode ter um impacto bem positivo no awareness e na reputação da companhia.

A pergunta que não quer calar – E as crises?

É claro que, ao abrir espaço para outras pessoas divulgarem mensagens institucionais de uma companhia, há o risco de abrir espaço para crise. Mas isso pode ser evitado com algumas frentes de atuação, como:

  • Um manual de uso de redes sociais claro e direto, que serve como norte para todos os colaboradores, não só para os que sejam embaixadores
  • Uma estratégia bem amarrada, com orientações claras para a produção de conteúdo dos colaboradores (deixando aberto espaço para dar match com a essência deles, é claro)
  • Treinamento de todos os colaboradores que forem estimulados a postar nas redes sociais, para que possam entender os do’s e dont’s

Por aqui, trabalhamos com as três frentes. Bora conversar? 🙂

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