Inovação e novas oportunidades: as perspectivas de negócio para o segmento de PR

Pandemia, guerras territoriais e ideológicas, ampliação da agenda sustentável e novas ferramentas tecnológicas vêm provocando uma revolução nos nossos hábitos e comportamentos. E o mercado da comunicação, claro, não está de fora dessa. A promoção de novas formas de interação com e entre as pessoas exige uma transformação permanente no modo de pensar e fazer das agências de comunicação.

Pensando nesse cenário de mudanças, a Rede Internacional de Relações Públicas (IPRN) – que agrega 48 agências de comunicação com presença nos cinco continentes, entre elas a Textual Comunicação – realizou um estudo entre seus membros para medir as projeções do setor para 2023.

Dados, criatividade e o digital em pauta

Os números da pesquisa explicitaram um cenário otimista, com muitas possibilidades de geração de novos negócios para o mercado de comunicação. A capacidade de contar história com base em dados e criatividade, a ascensão acelerada da comunicação digital e a importância do propósito foram algumas oportunidades levantadas para atuação do PR. Entre os desafios, a captação e a retenção de talentos ficaram em primeiro lugar.

Veja abaixo as principais descobertas da pesquisa:

  • 80% dos membros do IPRN apontam uma perspectiva de crescimento dos negócios na indústria de RP.
  • Comunicação estratégica e assessoria de RP (25%); redes sociais e comunicação digital (14%); gestão de crises e de mudança (13%); e estratégia digital (11%) estão entre os principais serviços com oportunidades de crescimento.
  • Energia e serviços públicos (17%); tecnologia (15%); e bens e consumo (9%) são os setores da indústria com as maiores possibilidades para o segmento de PR.
  • Treinamento e retenção de pessoal (16%); tecnologia e produção de mídia (9%); criatividade (7%); e medição e análise (6%) são as principais áreas de investimentos para as agências.
  • Retenção e atração de talentos (36%), confiança do cliente para investir devido às incertezas econômicas (26%); e o impacto da inflação e das taxas de juros no comportamento do consumidor (17%) são os desafios do segmento.
  • ESG (28%); estratégias de comunicação integradas (24%); e perfil de CEO/liderança (19%) são os temas com maiores oportunidades para as agências

O estudo deixa claro que a nova era digital – fundamentada em IA, metaverso, machine learning, big data, data science, entre outros – surgiu para integrar ainda mais os canais de comunicação e oferecer maiores possibilidades aos usuários e, principalmente, às empresas. Cabe às agências de comunicação seguir otimizando e ampliando sua atuação com base na inovação, criatividade e, claro, tecnologia. Mas sem esquecer do principal foco: as pessoas.

Hugo Reis

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